Agradeço a visita!

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

PALAVRAS DE UM MESTRE...


Já algum tempo, venho acompanhando e vendo as salas de bate-papo, especialmente as salas de SM do uol e vou tentar colocar aqui minhas impressões:
Como antes falei, conheço o SM muito antes do advento da internet, onde algumas reuniões de adeptos eram marcadas e convidadas somente pessoas que realmente eram e tinham simpatia pela doutrina. Hj, vejo que as salas de bate-papo, tiveram uma força bem grande em popularizar e difundir essa doutrina, digamos assim.
Porém, com o tempo, essas salas, em especial as salas do UOL, começaram a ficar de certa forma, sem nenhum parâmetro, com pessoas que achando que conhecem as doutrinas, os fetiches, se intitulam dons/dommes e sub, sem ao menos saber o que é a responsabilidade de ter um (a) escravo(a) ou até mesmo na forma de ser dom/domme com a devida responsabilidade.
por várias vezes, "dons" e "dommes", "encoleirando" escravos e escravas nas salas, depois de alguns minutos de conversa que tiveram um com o outro. Ou seja, antes de uma hora de conversa, já portam as inicias dos seus "donos", sem ao menos algum critério de conhecer pessoalmente, ou qq coisa que realmente possa dar suporte a "coleira" que colocam. Chego até a visualizar a pseudo-escrava(o) depois de desligar o computador, nem ao menos ver isso como uma coisa séria.
Claro que não posso ser liviano com todos, e achar que todos que estão na sala, são assim. Existem muitos dominadores que realmente sabem o que é ser dominador e várias subs que tb sabem o que é ser sub. Temos que antes de tudo, separar o joio do trigo.
Praticantes tentam fazer grupos de bate-papo pelo messenger, e acho uma ótima ideia, porém ainda não muito popular como as salas.
Alguns dominadores chegam ao cúmulo de verem, escravas encoleiradas, e não terem o menor respeito pela coleira que ela porta, sendo até mal educado na escolha das suas palavras, utilizando de palavrões e achando que ali, somente tem pessoas que são taradas por sexo com violência. Submissão não é violência, é a entrega de uma pessoa a outra, tendo nisso um sentimento que impera acima de tudo, respeito.
 
Afastei-me da sala, por dois motivos:
1 - encontrei a minha escrava, aquela que amo (não tenho vergonha de falar isso...)
2 - Está tão banalizado a referida sala, sem qualquer noção de respeito e de cordialidade, chegando as raias do desrespeito pleno, vendo a cada dia pessoas que acham que tenham que demonstrar que tem, não importando o quanto isso vá parecer ridículo aos olhos de alguns.
Minha escrava, está proibida de entrar na sala, somente entrando quando eu permito ou quando entro, e mando que ela entre. Como uma boa escrava que é,me obedece e confio na peça que moldei.
Portanto, aqueles que realmente acham que se sentem a vontade com relação a doutrina SM e que realmente queiram ter um dono(a), devem acima de qualquer coisa, saber quem realmente é um dominador(a) ou simplesmente um curioso que leu alguns contos SM e se acham preparados para tal.
 
MESTRE TONNY-JPA
Dono da {Malú}

8 comentários:

  1. Caro amigo, concordo em gênero, número e grau. BDSM não funk de um tapinha não doí.
    A atual frequência de baixo nível intelectual é o tributo pela universalização da internet.
    Abraços
    SW

    ResponderExcluir
  2. Senhor, concordo plenamente com suas palavras uma vez que parei de frequentá-la exatamente por este motivo: a sala não reflete mais o espírito, a essência do verdadeiro praticante de BDSM que, sendo realmente praticante, irá sempre primar pela ética, bom senso e principalmente gentileza e cordialidade com os demais. O perfil do praticante de BDSM foi sempre o da elegância em todos os sentidos.
    Irão tratar-se respeitosamente, os Dons respeitando a Casa de outros Dominadores, representados muitas vezes ali por suas escravas e estas tratando também com o devido respeito os outros Dominadores, para honrar os nomes de seus Donos e sua capacidade de educar e adestrar. Escravas bem adestradas são dóceis e educadas com os demais, desde que tratadas com o devido respeito, é claro.
    Uma amiga submissa, verdadeira praticante de São Paulo, me disse certa vez: "a sala do Rio tem um clima de vila, não é?"
    Eu, apaixonada que sou pelas vilas antigas que nada tinham dessa bagunça, disse: "não, o clima é de cortiço mesmo".
    Preconceitos à parte, pois foi apenas uma maneira de ilustrar a frase, torna-se cada dia mais difícil compreender como BDSM o que acontece ali.
    Pena que algum iniciante bem intencionado que chegue à sala se depare com este triste quadro.
    Na certa irá desistir ou entrará achando que SM é de fato aquela bagunça mostrada ali.
    Parabéns ao senhor pelo texto, beijos para sua menina Malu.

    {Λїtą}_ŞT

    ResponderExcluir
  3. belo texto senhor!
    Parei de frequentar salas pelos mesmos motivos, virou bagunça, não tem respeito entre as pessoas, e nunca temos a certeza de quem realmente é a pessoa que está do outro lado.

    Bjs

    ResponderExcluir
  4. Puxa!! Tantas são as palavras que gostaria de colocar aqui sobre seu post, mas está mais que certa a Catlin, tá? Faço de minhas palvras a dela...

    ResponderExcluir
  5. Fez muito bem em tirar sua peça dessa loucura,quem sabe um dia esse povo que não preza o bom BDSM suma, gostava de suas brincadeiras divertidas e sempre com respeito mas vi que o pessoal tendi ao péssimo gosto pra agressão,saudações e um bj respeitoso em sua menina.
    DOMINADOR RJ

    ResponderExcluir
  6. Meus respeitos ao Mestre Tony, e meus parabens à Malú.
    Acredito que nas salas do UOL, do grupo que frequenta habitualmente deveriamos manter uma conversa ignorando solenemente os chamados paraquedistas. Mas nós homens, eternos caçadores, sempre damos atenção a um nick feminino, vislubrando uma nova conquista e muitas vezes, verificamos que estamos patrocnando a masturbação de alguém.
    O que me leva a acreditar que devemos evitar conversas que tenham como perguntas "O que o Sr. vai fazer comigo"; "Há quanto tempo o Sr. é Dom"; "Que prática o Sr. gosta de aplicar". Por estas perguntas logo no inicio do diálogo se vê que a pessoa é alguém curioso, querendo ler como se aplica o BDSM, para talvez tentar apimentar suas próprias relações. Esquecem ou não sabem que ter uma submissa, escrava, é algo muito mais profundo do que tratar uma mulher na base das bofetadas.
    Não sabem ou não tem idéia que uma mulher submissa, dá muito mais trabalho do que uma esposa, temos que cuidar delas, como se costuma dizer.
    Eu penso que nascemos com o instinto de mandar ou obedecer, não cabe a experiência de muitas subs ou de muito tempo, pois o instinto é da gente. É só olhar o gato e o rato, o gato tortura o rato instintivamente, gatos não comem ratos.
    Pena que o Mestre Tony proibiu a Malú de entrar na sala, pois quando vemos as abordagens que são feitas a ela por cuirosos(as), já sabemos que devemos colocar no ignorar naquele nick.
    Mas como todo Dono, deve cuidar de sua submissa, entendo que é uma forma de protege-la a proibição que lhe fez

    ResponderExcluir
  7. Parabéns, Mestre Tonny! Pela matéria e por tua menina, que me parece muito centrada.
    Não sigo liturgias, mas concordo que para se praticar alguma coisa; e principamente Sadomasoquismo erótico, é preciso se informar e respeitar, como aliás, tudo ma vida deveria ser.

    ResponderExcluir
  8. isso tudo e cois de pessoas que não tem capacidade de amarem de verdade e se escondem em um a mascara

    ResponderExcluir

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...